Hoje se
finda mais um período carnavalesco. A data, comemorada pela grande maioria da
população brasileira, representa um momento de inúmeros contrastes. Por um
lado, a festa dita “de momo” simboliza, para muitos, um momento de bastante
alegria e de confraternização. Por outro, representa um dos períodos mais
violentos do ano, tanto no que diz respeito ao grande número de acidentes,
quanto ao elevado número de homicídios. Entretanto, esse dualismo não é o
principal aspecto que pretendo destacar neste post. O que quero trazer à tona,
é o exemplo como “guia de vida”, principalmente daqueles que estão tendo
construídas as próprias personalidades.
A Santa
Palavra é muito clara quando diz: “Instrui o menino no caminho em que deve
andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. (Provérbios 22: 6) A
instrução e o exemplo, como mostra-se bem claro nesse provérbio, fazem parte do
processo de amadurecimento e de formação da personalidade. Nesse sentido, se
fizermos uma comparação entre a geração atual e gerações anteriores,
perceberemos que algo de errado está posto como divisor de águas entre elas. A
geração atual é marcada pelo desrespeito e pela imoralidade, ou seja, está
totalmente desviada do caminho traçado por Deus para a humanidade. E o equívoco
que se apresenta como fonte formadora dessa geração medonha, nada mais é do que
a ausência de exemplo.
Inúmeros
são os agentes responsáveis pela formação do indivíduo desde a infância até a
idade adulta. Dentre eles, podemos citar a escola, a igreja (que perde equivocadamente
a cada dia a sua importância na atual sociedade) e a família. Dentre todas, sem
sombra de dúvidas, esta última, ou seja, a família é a que detém a maior
responsabilidade. Ter filhos e criá-los são atributos de grande importância e nobreza,
pena que muitos dos que agora são pais desconhecem, ou mesmo, negligenciam tais
qualidades. E isso, podemos comprovar facilmente nas festividades
carnavalescas.
Longe de
ser apenas um espaço de diversão, o que vemos durante as comemorações é uma
desconstrução da formação pelos bons costumes, já que, além da promiscuidade
peculiar do período, assistimos a uma destruição ativa da pureza infantil. O
exemplo pelas boas práticas dá lugar ao exemplo pela sensualidade e pela pornografia.
Nesse cenário, as crianças são submetidas a um massivo contato com músicas cujas
letras remetem a conteúdos depravantes e, além disso, são incentivadas pelos
próprios pais e demais parentes a se envolverem em performances de danças
sensuais e de apelo sexual escrachado.
Não apenas
no carnaval, que aqui se diga, mas o que se mostra evidente, e no carnaval isso
fica muito claro, é que a formação do indivíduo pelo exemplo da família está sendo
deixada em último plano. Tal situação é bastante danosa, pois, se os indivíduos
não estão sendo bem formados, o que podemos esperar do futuro?
Sendo
assim, enquanto servos de Deus, não podemos fechar os olhos para tais práticas.
Devemos ser mensageiros dos bons costumes e dos bons exemplos e alertar a sociedade
quanto ao perigo de se criar os filhos sem o zelo necessário.
A paz
esteja convosco!
Créditos da foto: http://arquivo.geledes.org.br/