1. O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
4. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da
morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado
me consolam.
É
fato que muitas das sensações de angústia e de dependência psicológica advêm de
desequilíbrios orgânicos, ou químicos e/ ou comportamentais, desencadeados a
partir tanto de mecanismos intrínsecos ao próprio indivíduo, quanto
determinados pela própria convivência social. Também é evidente que no
desenvolvimento dos sintomas relacionados a tais alterações, podem estar
envolvidos uma série de neurotransmissores já exaustivamente descritos pela neurociência.
Mas,
como explicar a angústia e o sofrimento psíquico que surgem sem nenhuma causa
aparente? Certamente, quanto a essa questão, alguns cientistas já devem estar
debruçados, na tentativa de se chegar a uma explicação dita “racional”.
Entretanto, é possível afirmar que, pelos ditames da ciência, jamais chegarão a
uma causa “plausível”. A explicação para o vazio existencial é outra.
Apesar
de muitos negarem a existência de Deus, o ser humano, criado a Sua imagem e
semelhança (Gênesis 1: 26-27), é
totalmente dependente de Sua presença. O fato de estar afastado do Criador, faz
com que o homem sinta um vazio que não tem explicação e nem motivos aparentes.
Esse vazio, no entanto, é reflexo do afastamento que o homem mantém em relação
ao Altíssimo e, para ele, não há outro remédio, senão reaproximar-se do Senhor.
Mas, qual a causa desse afastamento?
A
Palavra de Deus afirma que “(...) as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós (...).” (Isaías 59: 2) Tanto o negar a
existência de Deus, quanto a prática do pecado tornam o homem mais afastado do
Criador. O homem que nega a existência ou que se afasta de Deus, se sente à
vontade para viver uma vida repleta de permissividades e, tem a tendência em
acreditar que suas conquistas são frutos exclusivos de seus esforços, sem que
exista qualquer possibilidade de se pensar que tais conquistas tenham sido
frutos da concretização dos planos de Deus em sua caminhada.
Entretanto,
essa prepotência humana tem um limite. E, esse limite, é o vazio existencial
que surge insidiosamente em sua alma. É a angústia que se sente sem que haja
qualquer explicação para que ela apareça. Apesar de suas conquistas e do sentimento
de autossuficiência, o homem jamais conseguirá preencher esse vazio pelas
próprias forças, isto é, não conseguirá solucioná-lo através das próprias
habilidades. Para tal, ele precisa retomar o verdadeiro caminho, deixado para
trás em algum momento da vida. Em outras palavras... é necessário retornar para Deus.
O
fato é que, quando guiamos nossa vida de acordo com a vontade do Criador, não
há espaço para vazios existenciais. Não há motivo para angústias ou para
dependência psicológica de qualquer natureza. A nossa vida é tomada por um
sentimento de plenitude tal que nos faz priorizar as coisas do alto, em
detrimento dos bens perecíveis dessa terra. Como nos recomenda o próprio Jesus,
“(...) buscai
primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.” (Marcos 6: 33), quando guiamos
nossa vida de acordo com a vontade do Criador, estamos buscando primeiro o
reino dos céus.
Por isso, não há como
viver sem Deus. “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” (Salmos 46: 1) Somos totalmente dependentes da presença Dele. Não há como se
pensar em uma vida de paz, sem que Ele esteja ao nosso lado. É Ele quem nos
guia e quem nos carrega nos braços. É Ele quem nos faz passar pelas tribulações
ou dificuldades com a cabeça erguida, sem deixar espaço para que vazios
existenciais amargurem o nosso coração. Assim, ouça a voz
do Senhor e retorne agora mesmo para os braços do Pai. Ele está te esperando.
A paz esteja convosco!